segunda-feira, 5 de março de 2012

Anything that happens in those 5 minutes I'm all yours


A Academia dorme na altura de atribuir prémios. "Drive" e o driver Ryan Gosling não tiveram qualquer direito a menção por parte da academia e um dos melhores filmes e interpretações de 2011 passa completamente despercebido na euforia da passadeira vermelha.

O driver é apenas um bom rapaz que se mete nas companhias erradas e vê-se arrastado para o fim trágico daqueles que o ajudam. Basicamente, é ele o sapo da história que o próprio conta. Num filme que segue o ritmo da própria personagem principal a intensidade das cenas sobrepõe-se a qualquer diálogo que exista. O filme, considerado parado por muitos, muda o ritmo com a perda de controlo por parte do driver mas sem se tornar alucinante. A intensidade e a tensão de algumas cenas é quase palpável levando-nos para aquele mundo dele e fazendo-nos (quase) sentir que estamos ali, naquele carro.

Além do rol de carros que vão passando e que podem agradar a alguns é um filme neo-noir (se não estou em erro) com algumas cenas violentas mas que (pelo menos para mim) não se tornam excessivas nem ofensivas. 

Uma das melhores cenas, para mim, é a do driver e da Irene no elevador com o outro da máfia: a câmara lenta, os movimentos pensados, o beijo, a perda de controlo da parte dele, o choque na cara dela e, por último, o fecho do elevador com o olhar de confusão do driver. Não há uma única palavra durante este caminho todo.

See you soon.


P.S. - É verdade: temos o Benício, a Irene, o Standard, a Blanche, o Nino....e qual o nome do driver? :)

4 comentários:

  1. Olá!

    Eu nunca vi este filme!

    (Isso há-de mudar...)

    Que tal os óscares?

    Viste «Hugo»?!

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  2. Não viste? Que se passa contigo? ;) (Só agora é que descobri que é este moço que faz o Noah no "Diário da nossa paixão", lembraste?)

    Os Óscares finalmente premiaram quem eu queria, foi bem merecida a vitória d' "O Artista". Ainda não vi o Hugo, ando a adiar a visita ao cinema mas quero muito ver.

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  3. Este moço também é aquele que entra no filme «Stay», que vimos numa das noites míticas de cinema caseiro, com gomas e teorias da conspiração... Lembras-te?

    Eu gostei muito d'«o artista», como já referi, mas uma vez tendo visionado «Hugo»... Fiquei, mais uma vez, k.o. com a visão de Scorcese e, confesso, esta a torcer por ele, na noite dos óscares.

    Vê! Acho que é obrigatório!

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  4. Tens toda a razão! Grande papelão que ele tem naquele filme (e em todos os outros que faz).

    Assim que conseguir ver o "Hugo" eu venho cá dar a minha opinião ;) É que fiquei fascinada com o trailer e é a primeira vez que não me importava de ver um filme em 3D.

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