segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dos livros que li

Farto-me de falar dos livros que li e dos que quero ler. Toda a memória dos livros que li é pesada tanto fisicamente nas prateleiras de casa como monetariamente no dinheiro que não consigo manter na carteira. Tenho nos livros o meu maior vício só equiparado aos concertos (embora seja muito mais reticente em relação aos concertos, o valor é maior).

Pois bem, dos livros que habitam as minhas prateleiras tenho de tudo: dos que não consegui acabar de ler por falta de tempo ou falta de vontade (uns são uma bela seca), dos ligth que antes de se começar sabemos como vai acabar e dos que nos fazem pensar; tenho ainda alguns que servem apenas para sonhar (não deveria ser assim com todos?).

Mas o primeiro de todos, aquele que ainda antes de saber ler eu já folheava e sujava as folhas com o tuli creme do lanche foram os "Desastres de Sofia". Já o tinha antes de saber ler e foi o primeiro que comecei a ler quando comecei a juntar as letras e a fazer palavras. Tinha muitas letras e poucas imagens mas aind ahoje lá está em casa ao pé dos livros de gente grande: com a lombada rasgada, as folhas cheias de tulicreme e o texto rabiscado a caneta Bic vermelha e azul.

sexta-feira, 23 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

«Lembram-se?», a resposta

Se estás numa de puxar pela mioleira, à procura de uma pré-adolescência provinciana, toma lá esta:



Ai, Youtube que tudo tens...

Lembram-se?



Estou a ficar consideravelmente velha :)

terça-feira, 13 de março de 2012

The notebook....just because :)


 

Tenho de rever este filme... :)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Anything that happens in those 5 minutes I'm all yours


A Academia dorme na altura de atribuir prémios. "Drive" e o driver Ryan Gosling não tiveram qualquer direito a menção por parte da academia e um dos melhores filmes e interpretações de 2011 passa completamente despercebido na euforia da passadeira vermelha.

O driver é apenas um bom rapaz que se mete nas companhias erradas e vê-se arrastado para o fim trágico daqueles que o ajudam. Basicamente, é ele o sapo da história que o próprio conta. Num filme que segue o ritmo da própria personagem principal a intensidade das cenas sobrepõe-se a qualquer diálogo que exista. O filme, considerado parado por muitos, muda o ritmo com a perda de controlo por parte do driver mas sem se tornar alucinante. A intensidade e a tensão de algumas cenas é quase palpável levando-nos para aquele mundo dele e fazendo-nos (quase) sentir que estamos ali, naquele carro.

Além do rol de carros que vão passando e que podem agradar a alguns é um filme neo-noir (se não estou em erro) com algumas cenas violentas mas que (pelo menos para mim) não se tornam excessivas nem ofensivas. 

Uma das melhores cenas, para mim, é a do driver e da Irene no elevador com o outro da máfia: a câmara lenta, os movimentos pensados, o beijo, a perda de controlo da parte dele, o choque na cara dela e, por último, o fecho do elevador com o olhar de confusão do driver. Não há uma única palavra durante este caminho todo.

See you soon.


P.S. - É verdade: temos o Benício, a Irene, o Standard, a Blanche, o Nino....e qual o nome do driver? :)

sexta-feira, 2 de março de 2012

4 anos depois



Se há coisas que demoram tempo a chegar perdoam essa demora pelo bem que nos fazem quando chegam até nós. Um problema em ligar-me às tecnologias fez-me procurar filmes que ainda não tivesse visto e andassem perdidos lá por casa. Quis a obra do acaso que o único filmes que não tinha visto ainda fosse o Expiação, comprado assim que saiu em DVD mas relegado para as estantes lá de casa.
E este filme, relegado para segundo plano também nos Óscares do seu ano, foi mais do que um simples filme e tornou-se uma obra de arte. De uma fotografia soberba que perdoa erros menores da história, a um enredo que nos mostra a causa efeito de pequenas decisões que tomamos na vida e ainda passando por um vestido verde que fez as delícias de meio mundo da moda (e que é realmente lindo) temos um filme que é cru e dolorosamente belo. Porque este filme doí cá dentro. E depois tem o final, aquele final que ninguém esperava mas que nos é dado com uma simplicidade tal que nos emociona e faz-nos querer acreditar que talvez, numa qualquer realidade paralela, o final pudesse ser aquele que pensávamos que era.

Um filme único, incrível e, no fundo, uma forma de ver como a vida muda em pequenas acções.